C O N F I S S Ã O:-
SE ATÉ AO FIM DOS MEUS DIAS NÃO FIZER MAIS EM PROL DA DIVULGAÇÃO DOS PITORESCOS LUGARES DE CANCELOS E MIDÕES É PORQUE TAL NÃO ME FOI POSSIVEL =
ADORO ESTES DOIS LUGARES E SUAS GENTES .A QUEM MUITO DEVO.
IDOSO POSSUIDOR DE UM ARMAZENAMENTO DE SABEDORIAS E EXPERIÊNCIA QUE CONHECIDAS PODEM AJUDAR NO PRESENTE E SER ÚTIL PARA O FUTUROa
Se o Idoso com o acumular dos anos se pode tornar num armazenamento de experiências e sabedorias, não menos verdade é, que a partir de determinada idade nos apercebemos da importância aonde tivemos ligações e que elas marcaram e moldaram profundamente a nossa personalidade,e contribuíram para que assim sem receio tenhamos conhecido outros lugares e outros países,outras culturas e outras gentes. Descobrimos então sem egoísmo, que a saudade que durante todos esses anos sentimos eramos profundamente uns apaixonados.
Acabamos mesmo fácilmente por perceber que essa paixão de ainda aquando eramos muito jovens foi aumentando e com o decorrer dos anos e quando deixamos por força das nossas limitações humanas outras coisas que nos ocupavam determinado tempo e até no seu devido tempo nos proporcionaram enormes prazeres, passado esse tempo acabamos por reconhecer o quanto importante e de bom foram as ligações a essas terras e suas gentes.
Um garoto que apesar de viver a uns escassos quilómetros desta Freguesia mas que o trabalho primeiro nas Crivas e posteriormente nas Minas em Germunde, o levou a que semanalmente passassse por esta Freguesia e no trabalho tivesse um forte elo de ligação com as suas gentes.
= Muito provávelmente melhor que eu muitos poderiam falar desta maravilhosa terra e suas gentes. Mas como cada Testemunho é um caso, assim é e então todos eles quando sinceros e reais terão seguramente o seu valor acrescido. Basta que sejam aproveitados. Se algo de bom tiver.
=Por mim é-me gratificante falar de Pedorido e dos muitos Amigos que lá crementei, e é desse tempo e o contar dessas histórias que procurarei contribuir para a história e bom nome desta freguesia que é pertença do Concelho a que pertenço também. Da qual continuo a gostar e que muito admiro, já que por aqui continuo a passar frequentemente.
Confesso que deveria por lá parar mais tempo e procurar reencontrar amigos antigos, mais ainda e que por força da lei da vida e das condições árduas de trabalho que tiveram vão desaparecendo.
Mas a Lei da Vida é esta mesmo, e por vezes não chega só a vontade,mas porque o tempo vai escasseando, e por incrível que posssa parecer, mesmo depois de chegarmos á reforma por limite de idade o tempo escasseia para cumprirmos com aquilo que ambicionamos .
Também sei que não são muitos os que do meu tempo e com a minha idade consultam os Blogues na Net. Mas acredito de que haverá sempre um Filho ou um Neto que lhe fala ou lê histórias relatadas dos tempos da sua Juventude. Ao fazê-lo pode ter a certeza que está a contribuír para que o seu Pai ou Avô, se Sinta mais Jovem naquele espaço de tempo de consulta umas largas dezenas de anos.
Isso ajudar-lhe-á a refrescar a mente e em muitos casos será seguramente uma prenda preciosa, e desejada que eles muito agradeceram, embora o possam não demonstrar..
«Transportando carvão e pessoas da mina do Fojo para Germunde passando por Pedorido. «
»A POBREZA REINOU NOS MINEIROS, MESMO QUANDO O CARVÃO VALIA OURO«
=A vida de mineiro era uma vida árdua mesmo no auge das minas de carvão nas Terras de Choupelo, Fojo e Germunde.=
=Era uma miséria, ganhava-se muito pouco. Com o mísero ordenado e o número elevado de filhos levava a que os mineiros se mantivessem sub-alimentados, não raras as vezes que uma sardinha dava para três. Era o único local onde havia emprego e que dava alguma segurança de sobrevivência miníma do agregado familiar.
=Foram muitos os homens que conheci e que rápidamente foram apanhados pela selicose. davam aquilo a que chamavam prémio e para lá da medição normal que teriam de fazer para ganharem o dia na tentativa de amealharem mais alguns tostôes lançavam-se ao prémio. Era esta benesse traiçoeira que levou muitos a que pagassem uma tremenda factura por esses míseros tostões.=
=Falar das casernas dos chamados malteses que vinham de outras terras ou melhor dos concelhos limitrofes, aqui passavam a viver sem o minímo de condições. já que ali tinham de permanecer já que lhes não restava outra alternativa.=
=Conheci e vi as condições em que viviam e depois de um dia de trabalho a tentativa de conseguirem algum dinheiro de prémio e terem de lá chegar e cozinharem era complicadissimo, já para não falar do frio que de inverno se fazia sentir e de Verão o Calor. Esta Gente sofria a dobrar.=
Muito Jovem entrei para trabalhar nas Crivas em Germunde, de Verão normalmente era seleccionado para vir carregar Camiões de Carvão para.
FOTOGRAFIAS, RELATOS DA CHEIA DO ANO DE MIL NOVECENTOS E SESSENTA E DOIS
A ponte de ferro está submersa. O Rio Arda está ao lado esquerdo da bateira. A embarcação encontra-se ancorada junto á casa ainda hoje existente e onde finda a ponte antiga.
Se na maior cheia ocorrida no Rio Douro no ano de 1909, na qual o caudal do rio subiu um metro acima da de 1860 e onde a maior referência próximo de nós, é a antiga ponte de Entre-os -Rios, onde chegaram a estar as tropas do Exército prontas para a cortar o Tabuleiro e assim evitar que o ancoramento das árvores no mesmo Tabuleiro fizesse emergir o Lugar dse Entre-os Rios e a Freguesia do Torrão. A de 1962 está marcada em inúmeros locais da Freguesia de Sebolido e Rio Mau. Sendo que esta terá ficado o caudal a poucos centimetros abaixo dfa de 1909 e acima da de 1860.
NAVEGAR NA ROTA DA MEMÓRIA É SEMPRE UMA NAVEGAÇÃO IMPORTANTISSIMA
=Como Recordar é viver duas vezes. »Vale a pena fazer-se-lhe a referência.«=
=Dedicatória por e com dedicação:=
=Pretensão de com este trabalho homenagear todos aqueles que em procura de uma vida melhor se viram forçados a abandonarem as suas Terras de origem junto ás margens do Douro, sendo que muitos deles vivem na Vila de Nogueira da Regedoura e Terras circunvizinhas, sendo que para que muitos deles foi uma partida sem retorno, por razões diversas perderam a identidade com as suas terras natais. Que encontrem neste blogue e nos meus outros elos de ligações e recordações com as suas origens.=
=Também pela minha parte um reconhecimento para com a Vila de Nogueira da Regedoura, pela oportunidade de lá residir à muitos anos. Onde foram residir os meus familiares. Na qual conheci minha cara metade. Nela foram fabricadas e nasceram as minhas duas filhas. A qual servi autarca e a ela continuo ligado por lá residir, pelos amigos e laços familiares. Mas também com imensas familiariedades.=
=Acredito que a pretensão desta minha pequena contribuição, possa via a ser um despertar de uma continuidade constante para novas divulgações.=
=São muitas destas Recordações Gratificantes que a Memória não deixa que se apaguem. =
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